Era branca como a neve a menina. Quando a conheci, numa de minhas madrugadas atrevidas, faltava-me sobriedade para poder enxergar que nela reluzia o luar. Tenra idade ainda, mais da metade dos dedos de uma mão seus anos distantes de mim, não via eu que tal menina tinha nos olhos um brilho que só os esperançosos ainda insistiam em ter. Eu era um esperançoso e, entre conhecê-la madrugada e descobri-la amanhecer, custou um cadim de anos cujos meses por pouco não me fizeram perder a esperança.
Isa era o nome dela. Que menina de alma mais bela, e talvez fosse culpa da posição dos planetas e constelações no exato momento em que o mundo a recebera como um dos melhores presentes ao nascer. Gostava das estrelas, a menina. Estudava-as, desenhava-as em mapas que tinham as histórias de tantos outros presentes que o mundo receber - e alguns poucos que não eram tão presentes assim. Mas gostar de estrelas nem sempre é suficiente pra se fazer perceber tão bela no universo interior como o era do lado de fora.
A menina era bela, mas junto ao olhar carregava um bocado de tristeza que era dela, mas não tinha nela a origem. Aqueles que carregam o brilho dos esperançosos tem dessas dificuldades: não conseguem deixar que os tristes se afoguem em deseseperanças e, daqueles que encontram pelo caminho, levam qualquer tristeza que se aproxime do excesso. Era branca como a neve aquela bela menina, mas o mesmo luar que nela reluzia era cheio das sombras que só o amanhecer levava embora ao trazer um novo dia.
Eu pouco sabia das estrelas, mas de certo que Vênus tinha algo a ver com tudo de belo que por dentro e por fora aquela menina se fazia preencher: amor. Era feita de amor a tal Isa, que muitos de Bella insistiam chamar, sem sequer darem conta que não era pela voz que sua verdadeira beleza se extraía. Isa era bela, mas o que de mais belo ela tinha - além da beleza que, apesar da tristeza, há no brilho dos olhos cheios de esperança - era a inocência que só as almas puras como a dela tinham sem imaginarem possuir.
Isa, a bela. Branca como a neve, de alma pura e pro mundo um dos melhores presentes. Menina luar, ansiosa pelo próprio amanhecer para iluminar o universo interior de tantos outros que, como ela, insistem em ter nos olhos um brilho de esperança - era esta responsável por não deixá-la se afogar no excesso de tristeza alheio que vinha com as sombras tentar a pureza lhe tirar. Já não era de tão tenra idade como quando a conheci, mas mais da metade dos dedos de uma mão será distância imutável dos anos a nos separar.
Algumas distâncias são assim mesmo, tornam impossível um do outro se aproximar. Mas, primaveras à parte, soube a menina sentir o que os anos a mim se fizeram esclarecer: "tem sentimentos que só se vivem aos 15 anos, tem esclarecimentos que só surgem aos 50", ela disse quando eu já contava metade de um século, sem fé ou crença na existência de outros olhos que brilhassem como os dela. Estava esclarecido, afinal: se vivi aos quinze, poderia aos cinquenta recordar. E se a ebriedade impediu que visse nela reluzir o luar, a sobriedade foi o que permitiu que a esperança ela me fizesse enxergar.
Isa era o nome dela. Que menina de alma mais bela, e talvez fosse culpa da posição dos planetas e constelações no exato momento em que o mundo a recebera como um dos melhores presentes ao nascer. Gostava das estrelas, a menina. Estudava-as, desenhava-as em mapas que tinham as histórias de tantos outros presentes que o mundo receber - e alguns poucos que não eram tão presentes assim. Mas gostar de estrelas nem sempre é suficiente pra se fazer perceber tão bela no universo interior como o era do lado de fora.
A menina era bela, mas junto ao olhar carregava um bocado de tristeza que era dela, mas não tinha nela a origem. Aqueles que carregam o brilho dos esperançosos tem dessas dificuldades: não conseguem deixar que os tristes se afoguem em deseseperanças e, daqueles que encontram pelo caminho, levam qualquer tristeza que se aproxime do excesso. Era branca como a neve aquela bela menina, mas o mesmo luar que nela reluzia era cheio das sombras que só o amanhecer levava embora ao trazer um novo dia.
Eu pouco sabia das estrelas, mas de certo que Vênus tinha algo a ver com tudo de belo que por dentro e por fora aquela menina se fazia preencher: amor. Era feita de amor a tal Isa, que muitos de Bella insistiam chamar, sem sequer darem conta que não era pela voz que sua verdadeira beleza se extraía. Isa era bela, mas o que de mais belo ela tinha - além da beleza que, apesar da tristeza, há no brilho dos olhos cheios de esperança - era a inocência que só as almas puras como a dela tinham sem imaginarem possuir.
Isa, a bela. Branca como a neve, de alma pura e pro mundo um dos melhores presentes. Menina luar, ansiosa pelo próprio amanhecer para iluminar o universo interior de tantos outros que, como ela, insistem em ter nos olhos um brilho de esperança - era esta responsável por não deixá-la se afogar no excesso de tristeza alheio que vinha com as sombras tentar a pureza lhe tirar. Já não era de tão tenra idade como quando a conheci, mas mais da metade dos dedos de uma mão será distância imutável dos anos a nos separar.
Algumas distâncias são assim mesmo, tornam impossível um do outro se aproximar. Mas, primaveras à parte, soube a menina sentir o que os anos a mim se fizeram esclarecer: "tem sentimentos que só se vivem aos 15 anos, tem esclarecimentos que só surgem aos 50", ela disse quando eu já contava metade de um século, sem fé ou crença na existência de outros olhos que brilhassem como os dela. Estava esclarecido, afinal: se vivi aos quinze, poderia aos cinquenta recordar. E se a ebriedade impediu que visse nela reluzir o luar, a sobriedade foi o que permitiu que a esperança ela me fizesse enxergar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário